sábado, 15 de novembro de 2014

Bored

Já viu alguém se matar de tédio?

Eu me mataria de tédio.

Deveria me preocupar por, mesmo pobre, estar entediado. Fico imaginando como seria se eu fosse rico.

Mas sou pobre. Tenho internet.

Minha cabeça doí de tantas coisas já lidas, praticadas e as vezes emuladas pela minha imaginação.


Talvez seja ela quem não me deixa entediado por completo.

Minha imaginação.


Graças a ela me sinto livre em tudo que me cerca.

Recrio qualquer coisa que me vem em pedaços.

Sons, cheiros, informações ou qualquer coisa. Revivo os momentos que não são meus e assimilo como seriam as coisas me baseando nas atitudes daqueles que contam, mas crio uma versão minha.


"O que eu faria?"

Me surpreendo em ver que, mesmo em uma situação simples, as minhas escolhas levariam ao mesmos erros dos protagonistas que as contam.

Não seriam erros, então?

Acho que não.


Sensatez.

Tédio.

As coisas ficam entediantes quando se vivencia tudo, de um modo não direto.

Talvez eu me mataria de tédio.
Talvez eu esteja me matando com ele.



Não seria um erro, né? 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

EU?

Sei que aspirina, que é mais conhecida aqui como AAS infantil, mais banho quente facilita o suicídio clássico [corte dos pulsos]. Não sei como eu sei.

Sei que é algo inútil.

Sei que todos temos seis graus de separação. Posso ter um conhecido de um conhecido de outro conhecido de um famoso e bilionário como amigo. Não sei como eu sei.

Sei que é algo inútil.

"robot.txt" Serve como um rastreamento interno que o Google usa para saber o que pode ou não pode indexar nas suas paginas de pesquisa [que só por ter escrito aqui deixará este texto fora da internet comum. Bem vindo a DeepWeb]. Por isso algumas fotos, por serem fotos, não desaparecem totalmente das pesquisas na internet. Não sei como eu sei.

Sei que é algo inútil.

Os micro sinais que o rosto exprimem pode dizer mais que as palavras da pessoa. Podemos ter milhares de combinações pra dizer que o que é dito não é sentido. Não sei como eu sei.

Sei que é algo inútil.

Temos cerca de 2/3 de vida dormidos, mas apenas 1/3 deste para crescer. Neste crescimento o pé é proporcional ao cranio e a orelha nunca muda depois dos 2 anos de idade. Não sei como eu sei.

Sei que é algo inutil.


Sou um poço d'água inútil em meio a um deserto de tédio. 

By Tyler. 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

INDO PARA LUZ

Estou no escuro. Olhando as luzes do roteador. Elas, frenéticas em seu piscar, parecem nunca desligar. Dançam. Tremulas no escuro. A luz é a matéria mais rápida que conhecemos. Tão rápida que, ao piscar, nem parece que se apaga. Acho que, pela velocidade acima do comum, meus olhos não se importam mais em dizer ao meu cérebro o que está acontecendo. Apenas é uma luzinha tremula no breu.

Isso me faz lembrar um episodio da Liga da Justiça. Em um dos episódios o Flash, o corredor mais rápido do universo, acelerou o próprio coração ao ponto da maquina apenas reconhecer o silencio.

O Breu vai ficando mais forte. Fixando  o olhar em determinado ponto a nossa retina não consegue mais capitar a luz. Chamam isso de Trakata, na Yoga. Só percebo, lentamente, o ritmo do meu coração sincronizando com a luz. Seria engraçado se ele alcançasse a velocidade real que é, não a que vejo. Poderia, quem sabe, infligir um falso ataque cardíaco igual ao Flash.

Não tenho maquinas conectadas em mim, mas apenas observo a luz e sinto o meu coração. O coração dá sua primeira arritmia. Os olhos não capitam a luz e sua velocidade. O que apenas sinto rápido é meus pensamentos. 


O ultimo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

UM HOMEM DISSE...

Gosto de citações. É uma forma de se expressar mais valida que eu conheço. A credibilidade toda não é particularmente sua, mas passa a ser apenas pelo fato de saber usar a citação.

Sei que isso é deturbado pelo próprio orador, afim de se ter mais visibilidade. Fazendo-se citações errôneas de pessoas com credibilidade. A internet está ai pra provar isso.

Porem uso as pessoas em minha volta para ter citações. Elas falam. Eu guardo. E sempre que vejo o momento apropriado cito-as.

Sei que podemos mudar de opinião sobre as coisas e com isso ir contra as coisas já ditas. Mas isso deixa as coisas mais irônicas e divertidas de vivenciar.

É como você usar a flecha disparada de um arco de madeira e usar a mesma para matar o seu arqueiro. Mesmo este usando hoje outro tipo de arco e/ou flechas.

Enfim...

"O homem, durante sua morada neste mundo, não conhece seu proprio coração."